segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manaus quer gerar competência em microeletrônica


O Amazonas deverá iniciar as obras do Parque Tecnológico do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus (CT-PIM), em 2011. A instituição será destinada a gerar competência tecnológica e empresarial em microeletrônica e microssistemas, compreendendo o ciclo de desenvolvimento e fabricação de Circuito Integrado (CI), componente microssistema (MST) e produto inteligente (pi), para contribuir com a consolidação do Polo Industrial de Manaus (PIM) e criar uma base de gestão que possibilite a geração e/ou transferência de tecnologia avançada e a sua utilização estratégica para a formação de clusters (conglomerados).
A unidade do CT-PIM atuará principalmente em áreas definidas como prioritárias pelo Governo Federal por meio do Programa Nacional de Microeletrônica (PNM), e em outras previstas no Programa Prioritário TV Digital Interativa e no Programa de Desenvolvimento de software na Amazônia (Amazonsoft), esses dois últimos sob a coordenação do próprio CT-PIM e executados com recursos financeiros em contrapartida ao benefício fiscal concedido às empresas do segmento de Informática do Polo Industrial de Manaus (PIM), que investem em atividades de pesquisa e desenvolvimento, conforme diretrizes do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda).
“A instalação de um Parque Tecnológico voltado às áreas de microeletrônica e microssistemas é de fundamental importância não só para o Estado, como para toda a Região Norte, uma vez que objetiva resolver os gargalos existentes no PIM e potencializar a região em áreas apontadas atualmente como deficientes e carentes de profissionais qualificados e empresas de alta tecnologia, além de contribuir para o saldo da balança comercial brasileira”, explica o diretor-executivo do CT-PIM, Wesley Pereira.
O complexo tecnológico será construído em terreno de 369.086,75 m², localizado entre a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e o Distrito Industrial. A área foi cedida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
No projeto-base do Parque Tecnológico está prevista a construção da Unidade de Gestão Estratégica (UGE), Unidade de Desenvolvimento Empresarial (UDE), Unidade de Referência para Fabricação (URF) de Microssistemas, Unidade de Referência em Inovação (URI) em Microsistemas e, por fim, a Área Central Comum (ACC). A obra está estimada em R$ 30 milhões, exceto a Unidade de Fabricação de Microssistemas, sendo que parte dos recursos públicos está prevista no orçamento da Suframa e depende de liberação do governo federal. O restante deve ter investimentos de outros entes públicos, além da iniciativa privada, em especial, dos aportes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das empresas fabricantes de bens de informática do PIM.
As obras estão previstas para iniciar em meados de 2011. Da estimativa de R$ 30 milhões, serão destinados R4 4,5 milhões para a primeira unidade a ser construída, a de Gestão Estratégica. Desse valor, estão previstos R$ 2,5 milhões do orçamento da Suframa.
O Parque Tecnológico deverá abrigar, em princípio, 35 empresas incubadas das áreas de fabricação de circuitos integrados (CI´s), microssistemas e de base tecnológica na sua Unidade de Desenvolvimento Empresarial, além de outras que poderão se instalar em áreas específicas para atração de investimentos, o que deverá aumentar o número de empresas para 50, num prazo de cinco anos. A previsão é que sejam criadas 580 vagas de emprego para profissionais das áreas de tecnologia e inovação em processos e produtos.
Estima-se que o Parque Tecnológico seja concluído no prazo máximo de oito anos. Antes mesmo do início da construção do empreendimento, estão sendo executadas diversas ações de formação, treinamento e geração de capital intelectual. Os laboratórios já implantados pelo CT-PIM também serão transferidos para o local.

Reprodução: Revista IPESI

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